Para relator, PP lavou mais de R$ 1 milhão do valerioduto
Réus João Cláudio Genú, José Janene e Pedro Henry participavam do esquema
Para o relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, o PP (Partido Progressista) recebeu e lavou mais de R$ 1 milhão do valerioduto a partir de três acusados. Na interpretação do ministro, o ex-assessor parlamentar da legenda João Cláudio Genú era responsável por receber o dinheiro das mãos da então diretora financeira de Marcos Valério, Simone Vasconcelos.
O deputado José Janene seria o contato da legenda com o então tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores), Delúbio Soares. Já ex-líder do PP na Câmara dos Deputados, Pedro Henry, seria responsável por articular acordos no Congresso.
O relator descreveu, a partir de testemunhas e laudos periciais, que Genú era o responsável por buscar o dinheiro com Simone Vasconcelos. Em seu entendimento, a funcionária sacava o dinheiro pela SMP&B e repassava a Genú, o que caracterizaria, no total, a ocorrência de cinco lavagens de dinheiro.
— Em todas as ocasiões, Genú foi o executor direto e material dos crimes de lavagem de dinheiro em proveito dos corréus do Partido Progressista.
A partir de um depoimento de Simone, Barbosa cita o encontro que a diretora teve com Genú em um hotel de Brasília para entregá-lo R$ 100 mil. No mesmo dia, a funcionária de Marcos Valério teria solicitado um carro-forte para buscar R$ 650 mil na agência do Banco Rural em Brasília e levar à filial da SMP&B na cidade.
